segunda-feira, 23 de julho de 2012

Os novos rumos da vida


"E aqui estou, cantando.
Um poeta é sempre irmão do vento e da água:
deixa seu ritmo por onde passa.

Venho de longe e vou para longe:
mas procurei pelo chão os sinais do meu caminho
e não vi nada, porque as ervas cresceram e as serpentes
andaram. (...)" Cecília Meireles

Minha vida tomou rumos bem inesperados desde o final do ano. Fim de relacionamento, novas opções, novas escolhas, e a principal preposição "Não preciso decidir isso agora". Cada momento sendo vivido com intensidade, e, ao que parece, após seis meses de emoções contraditórias, meu coração parece estar se acalmando. E querendo viver em paz novamente...

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Gauchadas baianas e chimarrão em Vitória da Conquista

Olá leitores!

O blog anda meio parado, mas hoje precisei vir aqui compartilhar esta piada história com vocês...

Estava eu andando ontem no hipermercado aqui de Vitória da Conquista, quando eu me deparo com erva mate à venda. Bem, semana que vem eu completo 5 anos residindo aqui nessa Bahia de Deus, e esta é a terceira cidade que eu moro, depois de Barreiras e de Paripiranga. Em Barreiras nunca tive problemas em encontrar a erva do chimarrão, graças ao pólo gaúcho da cidade vizinha, Mimoso Luís Eduardo Magalhães. Em Paripiranga a passagem foi rápida demais para este tipo de preocupação e aqui em Conquista eu já tive notícias que existe um posto de caminhoneiros junto a BR 116 que trafica este item nativo do garrão do país. Assim sendo, toda a erva mate que eu tenho em casa é aquela que eu trago na mala quando viajo. Confesso que não sou mais adepta do amargo assim, então muito pouco me incomodo com a situação.

Mas, voltando ao causo, encontrei a erva mate aqui e pensei "Mazahhhhh  Mas ah! Vou tomar um chimarrão essa semana, já que a erva que tenho em casa está meio velha". Verifiquei a origem, era de Curitiba. "Ué, nem sabia que Curitiba produzia erva." Comprei a ervita e hoje cedo fui preparar o chimarrão. 

Licença para a interjeição baiana: "Pense!" Rapaz, quando eu abri o pacote, estava lá uma erva puro palitinho, sem erva, sem nada. Logo pensei me xinguei mentalmente: Bocó! Joguei um pouco no lixo, pensando que os palitinhos estavam em cima, e a erva embaixo. Nada, o pacote todo, puro palitinho. Valei-me!



Terminando a história: a erva velha estava vencida há tempo. Misturei as duas dentro da cuia, temperei com tanto de camomila, e no momento estou tomando aqui um chimarrão muito mais ou menos, me dando conta que daqui um mês já é o Natal, e em um pouco mais de 20 dias estarei desembarcando em solo gaúcho com uma lista de compras na qual constará, obvio, boa erva. Seguem fotos para assegurar as gargalhadas!

domingo, 10 de julho de 2011

Final de semana de descanso

O final de semana chegou ao fim, e parece que muita coisa que era para ter sido feita ficou para trás. Dá aquela impressão que nunca há tempo suficiente para tudo que tem que ser feito.

Eu assisti hoje àquela reportagem do Fantástico sobre a tragédia de 1972 com a equipe de rugby na Cordilheira dos Andes, e um dos sobreviventes (Gustavo Zerbino) fala que a primeira regra da cordilheira é parar de reclamar. Segundo ele, quem reclama é quem está bem o suficiente.

Eu sou uma pessoa que reclamo muito. Falo, falo, falo, e quando não quero reclamar, a garganta parece que coça, e eu fico matutando a coisa, até que eu reclamo. Pobre marido.

Enfim... como não devemos tentar, e sim, fazer, resolvi falar sobre o que eu realmente fiz neste final de semana, e destacar como estas últimas 48 horas sem trabalhar (em sua maior parte) foram bacanas.

Sábado pela manhã passei na UFBA, tinha banca de monografia e coisas do doutorado para imprimir, saí de lá por volta de meio dia. Comprei cocos verdes no caminhão que fica no posto Pantanal. Aí lembrei que o Mundo Vet estava de aniversário e resolvi passar lá. Gente, que bacana. Comi bolo no meio da rua, ganhei amostrinha de ração e todo mundo pediu de Lisbela. 

Então decidi almoçar no shopping, comi uma salada deliciosa com camarão, fiz compritas básicas, andei, olhei vitrines, relaxei... Depois passei no mercado, comprei mantimentos para o resto do final de semana e fui para casa. Gente, eu sentei no sofá e estiquei minhas perninhas. Que delícia. Eu esperei por este momento a semana toda! Depois de um bom descanso, me arrumei e fui para o chá de lingerie da Karine, que foi bacana e engraçado.

Hoje, domingão, dormi. Meu Deus, cumpri minha agenda e fiquei na cama até 10 da manhã. Como isso foi importante. Depois fui almoçar na casa da minha amiga Gabi, a tia Márcia fez uma comidinha gostosa para nós. Mais tarde plantei tomate cereja e cenouras na varanda. O resto do dia foi em casa, só repondo as energias gastas com uma última semana maluca.

Agora me pergunto: qual foi o saldo do final de semana? Muito, mas muito positivo! Descansei, fiz coisas não planejadas, não fiz as planejadas e estou indo dormir feliz. A semana será dura, eu sei. Mas, bem ao fundo, a sensação do dever cumprido (comigo mesma) vai me acompanhar até a próxima folguinha.

Só para fechar o post, fica uma foto de Lisbela, em seu momento relax também.

domingo, 8 de maio de 2011

Blog às moscas

Pobre de meu blog!

Esquecido, abandonado, desatualizado...

O fato é que, queridos leitores, minha vida está uma loucura devido ao doutorado. Amanhã começa a última semana de aulas desse semestre, e adivinhem, o início será uma provinha básica de estatística avançada.

O lance agora é manter a calma e segurar a língua (ou melhor, os dedos) e prometer atualizações muito em breve. Aguardem...

terça-feira, 5 de abril de 2011

Correio, Chocolate Surpresa e outras pequenas nostalgias

Na semana passada, eu tive um grande desencontro com o Correio aqui da cidade, que acabou mandando embora indevidamente minha encomenda. Isso me dou uma forte nostalgia da minha infância, quando o Correio trazia minha alegria diariamente.

Eu lembro da primeira carta que recebi. Fui criada em um bairro meio bagunçado, sem infra-estrutura, sempre solta na rua. Andava de bicicleta, fazia expedição na mata com faca na cintura, pulava o outrora "valo", hoje esgoto (às vezes caía dentro também). Enfim... Assim me criei, tive vermes, sobrevivi, estudei, e hoje estou aqui.  Então, eu não brincava de boneca habitualmente, por achar que essa brincadeira demandava muito tempo para organizar tudo antes de começar. Brinquei de boneca de modo muito pontual, acho que foram umas cinco vezes. Mas, nesse dia, eu brincava de boneca. Em frente a casa de minha mãe, no meio das flores do pátio. E passou o carteiro. E disse que tinha uma carta para Ana Paula. Lembro de pegar a carta, e sair gritando, com o coração no pescoço. Eu havia recebido uma carta. A primeira de muitas. Muitas mesmo. Naquela época sem internet e sem computador, eu cheguei a ter mais de uma centena de correspondentes pelo Brasilzão a fora. E era uma delícia. Chegavam as cartinhas todos os dias, umas dez por dia. Sempre na hora do almoço. Sempre o mesmo carteiro. Era bom.

Os traços daquela fase ainda permanecem. Mania de comer lendo. Felicidade ao receber cartas. Rasgar embrulho das encomendas como se fosse presente de aniversário. Gosto, gosto mesmo. Aí, vem esse Correio de hoje, tão cheio de pequenezas, tão absurdamente falho, e eu entristeço, de pura pena do Correio. Xingo, mando privatizar. Mas, no fundo, eu só queria aquele Correio alegre de antes. Quando a vida também era um tanto mais leve.

E o chocolate Surpresa? A Lara fala no twitter que teve uma surpresa. E não gostou. Aí, meu cérebro que anda confuso e sobrecarregado, cheio de branco, apagões e ligações bizarras, projeta a imagem: chocolate de tablete retangular, fino, com desenho de um bicho em relevo. Com figuras de bicho, com informações de bicho no verso. Ah, gente, como era bom o chocolate Surpresa!


Ai meus anos 80. Vivo recebendo emails falando dos anos 80, e encontro coisas que não lembrava mais mesmo. Tipo, Lollo, chocolate de guarda-chuva, balas soft, e outras guloseimas mais. Agora, bacana mesmo é quando a lembrança vem e te avassala, te atropela, sem você nem entender como aconteceu. Como no final de semana, passeando com o marido pela cidade, espiando os imóveis, eu comecei a cantar (resmungar, vai) a música daquele desenho "Nossa turma". Sem motivo algum. Acho que o meu cérebro está mesmo em curto circuito (e isso tem a ver com uma matéria do doutorado chamada Estatística Avançada). Você ainda lembra? Cante aí:

"Get along gang get along gang Each one so special in his own way Montgomery's the leader and he's such a good sport the get along gang get along gang There's Woolma and Dotty with the spirit And Bingo the fresh doesn't rule it The Logical Portia will figure it out And that's the spirit of the leadership get up, with the get along gang Come on! Their adventures don't end Get up! (With the Get Along GA A A A A A Ang, ua ua ua ua ua ua ua ua) Get up! With the Get Along Gang!"



Hoje eu mandei uma mensagem mais ou menos assim: 



"Querida Nestlé

O melhor presente de Páscoa que você poderia me dar seria o relançamento do chocolate Surpresa, aquele que vinha com cards de bichos. Muito mais significativo hoje em dia, devido às questões ecológicas... "

(risos)

segunda-feira, 28 de março de 2011

A (im) perfeição da bailarina

E para fechar o domingo (já passou da meia noite, mas enquanto eu não dormir, eu continuo vivendo o domingo), aqui vai a Ciranda da Bailarina. Pessoas, entendam, perfeita é só a bailarina. Gente normal tem defeitos. Eu tenho muitos, os que eu conheço e alguns que nem desconfio, mas a opção de gostar de mim apesar deles é sua.


Ciranda da Bailarina
Composição : Edu Lobo / Chico Buarque

Procurando bem
Todo mundo tem pereba
Marca de bexiga ou vacina
E tem piriri
Tem lombriga, tem ameba
Só a bailarina que não tem
E não tem coceira
Verruga nem frieira
Nem falta de maneira ela não tem
Futucando bem
Todo mundo tem piolho
Ou tem cheiro de creolina
Todo mundo tem
Um irmão meio zarolho
Só a bailarina que não tem
Nem unha encardida
Nem dente com comida
Nem casca de ferida ela não tem
Não livra ninguém
Todo mundo tem remela
Quando acorda as seis da matina
Teve escarlatina
Ou tem febre amarela
Só a bailarina que não tem
Medo de subir, gente
Medo de cair, gente
Medo de vertigem quem não tem?
Confessando bem
Todo mundo faz pecado
Logo assim que a missa termina
Todo mundo tem
Um primeiro namorado
Só a bailarina que não tem
Sujo atrás da orelha
Bigode de groselha
Calcinha um pouco velha ela não tem
O padre também
Pode até ficar vermelho
Se o vento levanta a batina
Reparando bem
Todo mundo tem pentelho
Só a bailarina que não tem
Sala sem mobília
Goteira na vasilha
Problema na família quem não tem?
Procurando bem
Todo mundo tem
 (Fonte: letras.terra.com.br)


Transcrição de Esvaziando a geladeira - Panquecas

***Post originalmente publicado no Blog "Cozinhando e Cantando" no dia 4 de dezembro de 2010***

Já que minha viagem de final do ano está pertinho, já comecei a operação "esvaziando a geladeira", na qual eu vou cozinhando com os ingredientes disponíveis no congelador. Hoje resolvi usar o restinho do brócolis congelado para fazer panquecas. Como o marido está fora, fiz a receita só para uma pessoa.

Ingredientes
Massa:
1/2 copo de leite
1 ovo
1 colher de sopa de açúcar
1 colher de chá de sal
10 folhas de hortelã
farinha de trigo

Recheio
1 cebola pequena
óleo para refogar
1 dente de alho
1/2 xícara de brócolis
1/2 xícara de creme de leite
sal e pimenta a gosto


Para a massa, é só bater os ingredientes no liquificador, juntando a farinha até dar o ponto. Frite em frigideira untada. Para o recheio, refogue a cebola e o alho, depois junte o brócolis e deixe cozinhar um pouco. Tempere com o sal e a pimenta a gosto, e acrescente o creme de leite. Cozinhe por 3 minutos.



Como minha frigideira anti-aderente é bem pequena, ao invés de enrolar as panquecas, eu prendi com um palito de churrasco.

Agora, uma declaração de amor: Cris, volta logo para casa, cozinhar só para mim é muito chato.