sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Gauchadas baianas e chimarrão em Vitória da Conquista

Olá leitores!

O blog anda meio parado, mas hoje precisei vir aqui compartilhar esta piada história com vocês...

Estava eu andando ontem no hipermercado aqui de Vitória da Conquista, quando eu me deparo com erva mate à venda. Bem, semana que vem eu completo 5 anos residindo aqui nessa Bahia de Deus, e esta é a terceira cidade que eu moro, depois de Barreiras e de Paripiranga. Em Barreiras nunca tive problemas em encontrar a erva do chimarrão, graças ao pólo gaúcho da cidade vizinha, Mimoso Luís Eduardo Magalhães. Em Paripiranga a passagem foi rápida demais para este tipo de preocupação e aqui em Conquista eu já tive notícias que existe um posto de caminhoneiros junto a BR 116 que trafica este item nativo do garrão do país. Assim sendo, toda a erva mate que eu tenho em casa é aquela que eu trago na mala quando viajo. Confesso que não sou mais adepta do amargo assim, então muito pouco me incomodo com a situação.

Mas, voltando ao causo, encontrei a erva mate aqui e pensei "Mazahhhhh  Mas ah! Vou tomar um chimarrão essa semana, já que a erva que tenho em casa está meio velha". Verifiquei a origem, era de Curitiba. "Ué, nem sabia que Curitiba produzia erva." Comprei a ervita e hoje cedo fui preparar o chimarrão. 

Licença para a interjeição baiana: "Pense!" Rapaz, quando eu abri o pacote, estava lá uma erva puro palitinho, sem erva, sem nada. Logo pensei me xinguei mentalmente: Bocó! Joguei um pouco no lixo, pensando que os palitinhos estavam em cima, e a erva embaixo. Nada, o pacote todo, puro palitinho. Valei-me!



Terminando a história: a erva velha estava vencida há tempo. Misturei as duas dentro da cuia, temperei com tanto de camomila, e no momento estou tomando aqui um chimarrão muito mais ou menos, me dando conta que daqui um mês já é o Natal, e em um pouco mais de 20 dias estarei desembarcando em solo gaúcho com uma lista de compras na qual constará, obvio, boa erva. Seguem fotos para assegurar as gargalhadas!

domingo, 10 de julho de 2011

Final de semana de descanso

O final de semana chegou ao fim, e parece que muita coisa que era para ter sido feita ficou para trás. Dá aquela impressão que nunca há tempo suficiente para tudo que tem que ser feito.

Eu assisti hoje àquela reportagem do Fantástico sobre a tragédia de 1972 com a equipe de rugby na Cordilheira dos Andes, e um dos sobreviventes (Gustavo Zerbino) fala que a primeira regra da cordilheira é parar de reclamar. Segundo ele, quem reclama é quem está bem o suficiente.

Eu sou uma pessoa que reclamo muito. Falo, falo, falo, e quando não quero reclamar, a garganta parece que coça, e eu fico matutando a coisa, até que eu reclamo. Pobre marido.

Enfim... como não devemos tentar, e sim, fazer, resolvi falar sobre o que eu realmente fiz neste final de semana, e destacar como estas últimas 48 horas sem trabalhar (em sua maior parte) foram bacanas.

Sábado pela manhã passei na UFBA, tinha banca de monografia e coisas do doutorado para imprimir, saí de lá por volta de meio dia. Comprei cocos verdes no caminhão que fica no posto Pantanal. Aí lembrei que o Mundo Vet estava de aniversário e resolvi passar lá. Gente, que bacana. Comi bolo no meio da rua, ganhei amostrinha de ração e todo mundo pediu de Lisbela. 

Então decidi almoçar no shopping, comi uma salada deliciosa com camarão, fiz compritas básicas, andei, olhei vitrines, relaxei... Depois passei no mercado, comprei mantimentos para o resto do final de semana e fui para casa. Gente, eu sentei no sofá e estiquei minhas perninhas. Que delícia. Eu esperei por este momento a semana toda! Depois de um bom descanso, me arrumei e fui para o chá de lingerie da Karine, que foi bacana e engraçado.

Hoje, domingão, dormi. Meu Deus, cumpri minha agenda e fiquei na cama até 10 da manhã. Como isso foi importante. Depois fui almoçar na casa da minha amiga Gabi, a tia Márcia fez uma comidinha gostosa para nós. Mais tarde plantei tomate cereja e cenouras na varanda. O resto do dia foi em casa, só repondo as energias gastas com uma última semana maluca.

Agora me pergunto: qual foi o saldo do final de semana? Muito, mas muito positivo! Descansei, fiz coisas não planejadas, não fiz as planejadas e estou indo dormir feliz. A semana será dura, eu sei. Mas, bem ao fundo, a sensação do dever cumprido (comigo mesma) vai me acompanhar até a próxima folguinha.

Só para fechar o post, fica uma foto de Lisbela, em seu momento relax também.

domingo, 8 de maio de 2011

Blog às moscas

Pobre de meu blog!

Esquecido, abandonado, desatualizado...

O fato é que, queridos leitores, minha vida está uma loucura devido ao doutorado. Amanhã começa a última semana de aulas desse semestre, e adivinhem, o início será uma provinha básica de estatística avançada.

O lance agora é manter a calma e segurar a língua (ou melhor, os dedos) e prometer atualizações muito em breve. Aguardem...

terça-feira, 5 de abril de 2011

Correio, Chocolate Surpresa e outras pequenas nostalgias

Na semana passada, eu tive um grande desencontro com o Correio aqui da cidade, que acabou mandando embora indevidamente minha encomenda. Isso me dou uma forte nostalgia da minha infância, quando o Correio trazia minha alegria diariamente.

Eu lembro da primeira carta que recebi. Fui criada em um bairro meio bagunçado, sem infra-estrutura, sempre solta na rua. Andava de bicicleta, fazia expedição na mata com faca na cintura, pulava o outrora "valo", hoje esgoto (às vezes caía dentro também). Enfim... Assim me criei, tive vermes, sobrevivi, estudei, e hoje estou aqui.  Então, eu não brincava de boneca habitualmente, por achar que essa brincadeira demandava muito tempo para organizar tudo antes de começar. Brinquei de boneca de modo muito pontual, acho que foram umas cinco vezes. Mas, nesse dia, eu brincava de boneca. Em frente a casa de minha mãe, no meio das flores do pátio. E passou o carteiro. E disse que tinha uma carta para Ana Paula. Lembro de pegar a carta, e sair gritando, com o coração no pescoço. Eu havia recebido uma carta. A primeira de muitas. Muitas mesmo. Naquela época sem internet e sem computador, eu cheguei a ter mais de uma centena de correspondentes pelo Brasilzão a fora. E era uma delícia. Chegavam as cartinhas todos os dias, umas dez por dia. Sempre na hora do almoço. Sempre o mesmo carteiro. Era bom.

Os traços daquela fase ainda permanecem. Mania de comer lendo. Felicidade ao receber cartas. Rasgar embrulho das encomendas como se fosse presente de aniversário. Gosto, gosto mesmo. Aí, vem esse Correio de hoje, tão cheio de pequenezas, tão absurdamente falho, e eu entristeço, de pura pena do Correio. Xingo, mando privatizar. Mas, no fundo, eu só queria aquele Correio alegre de antes. Quando a vida também era um tanto mais leve.

E o chocolate Surpresa? A Lara fala no twitter que teve uma surpresa. E não gostou. Aí, meu cérebro que anda confuso e sobrecarregado, cheio de branco, apagões e ligações bizarras, projeta a imagem: chocolate de tablete retangular, fino, com desenho de um bicho em relevo. Com figuras de bicho, com informações de bicho no verso. Ah, gente, como era bom o chocolate Surpresa!


Ai meus anos 80. Vivo recebendo emails falando dos anos 80, e encontro coisas que não lembrava mais mesmo. Tipo, Lollo, chocolate de guarda-chuva, balas soft, e outras guloseimas mais. Agora, bacana mesmo é quando a lembrança vem e te avassala, te atropela, sem você nem entender como aconteceu. Como no final de semana, passeando com o marido pela cidade, espiando os imóveis, eu comecei a cantar (resmungar, vai) a música daquele desenho "Nossa turma". Sem motivo algum. Acho que o meu cérebro está mesmo em curto circuito (e isso tem a ver com uma matéria do doutorado chamada Estatística Avançada). Você ainda lembra? Cante aí:

"Get along gang get along gang Each one so special in his own way Montgomery's the leader and he's such a good sport the get along gang get along gang There's Woolma and Dotty with the spirit And Bingo the fresh doesn't rule it The Logical Portia will figure it out And that's the spirit of the leadership get up, with the get along gang Come on! Their adventures don't end Get up! (With the Get Along GA A A A A A Ang, ua ua ua ua ua ua ua ua) Get up! With the Get Along Gang!"



Hoje eu mandei uma mensagem mais ou menos assim: 



"Querida Nestlé

O melhor presente de Páscoa que você poderia me dar seria o relançamento do chocolate Surpresa, aquele que vinha com cards de bichos. Muito mais significativo hoje em dia, devido às questões ecológicas... "

(risos)

segunda-feira, 28 de março de 2011

A (im) perfeição da bailarina

E para fechar o domingo (já passou da meia noite, mas enquanto eu não dormir, eu continuo vivendo o domingo), aqui vai a Ciranda da Bailarina. Pessoas, entendam, perfeita é só a bailarina. Gente normal tem defeitos. Eu tenho muitos, os que eu conheço e alguns que nem desconfio, mas a opção de gostar de mim apesar deles é sua.


Ciranda da Bailarina
Composição : Edu Lobo / Chico Buarque

Procurando bem
Todo mundo tem pereba
Marca de bexiga ou vacina
E tem piriri
Tem lombriga, tem ameba
Só a bailarina que não tem
E não tem coceira
Verruga nem frieira
Nem falta de maneira ela não tem
Futucando bem
Todo mundo tem piolho
Ou tem cheiro de creolina
Todo mundo tem
Um irmão meio zarolho
Só a bailarina que não tem
Nem unha encardida
Nem dente com comida
Nem casca de ferida ela não tem
Não livra ninguém
Todo mundo tem remela
Quando acorda as seis da matina
Teve escarlatina
Ou tem febre amarela
Só a bailarina que não tem
Medo de subir, gente
Medo de cair, gente
Medo de vertigem quem não tem?
Confessando bem
Todo mundo faz pecado
Logo assim que a missa termina
Todo mundo tem
Um primeiro namorado
Só a bailarina que não tem
Sujo atrás da orelha
Bigode de groselha
Calcinha um pouco velha ela não tem
O padre também
Pode até ficar vermelho
Se o vento levanta a batina
Reparando bem
Todo mundo tem pentelho
Só a bailarina que não tem
Sala sem mobília
Goteira na vasilha
Problema na família quem não tem?
Procurando bem
Todo mundo tem
 (Fonte: letras.terra.com.br)


Transcrição de Esvaziando a geladeira - Panquecas

***Post originalmente publicado no Blog "Cozinhando e Cantando" no dia 4 de dezembro de 2010***

Já que minha viagem de final do ano está pertinho, já comecei a operação "esvaziando a geladeira", na qual eu vou cozinhando com os ingredientes disponíveis no congelador. Hoje resolvi usar o restinho do brócolis congelado para fazer panquecas. Como o marido está fora, fiz a receita só para uma pessoa.

Ingredientes
Massa:
1/2 copo de leite
1 ovo
1 colher de sopa de açúcar
1 colher de chá de sal
10 folhas de hortelã
farinha de trigo

Recheio
1 cebola pequena
óleo para refogar
1 dente de alho
1/2 xícara de brócolis
1/2 xícara de creme de leite
sal e pimenta a gosto


Para a massa, é só bater os ingredientes no liquificador, juntando a farinha até dar o ponto. Frite em frigideira untada. Para o recheio, refogue a cebola e o alho, depois junte o brócolis e deixe cozinhar um pouco. Tempere com o sal e a pimenta a gosto, e acrescente o creme de leite. Cozinhe por 3 minutos.



Como minha frigideira anti-aderente é bem pequena, ao invés de enrolar as panquecas, eu prendi com um palito de churrasco.

Agora, uma declaração de amor: Cris, volta logo para casa, cozinhar só para mim é muito chato.

Transcrição de Risoto da Mangueira e deslizes culinários cotidianos

***Post originalmente publicado no Blog "Cozinhando e Cantando" no dia 1 de dezembro de 2010***


Em um desses finais de semana eu aproveitei que o maridão estava em casa para fazer uma massa que eu havia visto em um programa de televisão. Fomos ao mercado, e eu esqueci de comprar vinho. Aí, foi uma odisséia pelos botecos de Vitória da Conquista, tentando comprar uma taça de vinho branco seco. Lição aprendida, o vinho branco seco foi para a lista de compras, para garantir que este não faltasse mais à dispensa. 

Hoje eu decidi fazer um risoto para jantar, já que não estava conseguindo concentrar bem no trabalho. Comecei a separar os ingredientes, picar a cebola et al, abri o vinho escolhido (aqui cabe uma explicação: eu não uso bons vinhos para cozinhar, talvez por minha cozinha ser muito principiante. O vinho para panela acaba sendo escolhido pelo preço, assim, comprei um Country Wine, porque era barato e da Aurora) e servi meio copo. Não sei abrir vinho sem provar, e imagine minha cara quando eu senti um sabor... doce! Eu havia comprado vinho suave. E agora, José? A festa acabou, o povo sumiu, o mercado é longe, essa hora já até fechou, eu não vou sair de casa, e agora, José?


Bem, o que não tem solução, resolvido está. Como havia um vinho tinto na geladeira, um seleção chileno genérico que eu havia bebericado no final de semana, resolvi: é você quem vai. Até lembrei de umas experiências culinárias rosas mal-sucedidas, como uma sopa de feijão com beterraba de certa vez, mas a fome ia crescendo, e eu precisava resolver a coisa naquele momento. O resultado foi esse aí embaixo, um risoto rosa e verde, torcedor fanático da Mangueira.

Risoto de Brócolis com ervilhas

1 colher de azeite de oliva
1 colher de manteiga
1 cebola pequena
1 dente de alho
3/4 xícara de arroz
50 ml de vinho tinto (ou não, parafraseando Caetano)
1/2 xícara de ervilhas e brócolis congelados
1/2 xícara de creme de leite
2 xícaras de caldo de galinha (brodo mesmo, ou cubo dissolvido em água fervente)
sal e pimenta do reino à gosto.

Dissolva a manteiga junto ao azeite, e refogue a cebola até ficar amarelinha, e depois acrescente o alho. Após 1 minuto, acrescente o arroz, e mexa. Quando ficar transparente (cerca de 1 minuto), é a vez do brócolis, a ervilha e o vinho. Espere reduzir um pouco, e vá acrescentando o caldo aos poucos, dando tempo para o arroz absorvê-lo. Segundo minha mãe, tem que mexer para o arroz soltar o amido* e engrossar o risoto. Quando o arroz estiver macio, acrescente o creme de leite, corrija o sal, salpique pimenta do reino e sirva.

*O arroz para risoto é o arbório, o qual ainda não provei. Hoje usei o parboilizado, o que fez a receita demorar mais para ficar pronta. Um detalhe importante é que não se lava o arroz para fazer risoto, já que isso levar uma parte do amido embora (a água de arroz).





Transcrição de Batata Röstie e desejo de cozinhar a quatro mãos

***Post originalmente publicado no Blog "Cozinhando e Cantando" no dia 14 de novembro de 2010***



Hoje eu preparei pela segunda vez a minha receita de Batata Röstie. Diferente da preparação inaugural, esta teve recheio planejado antes da ida ao supermercado. Na primeira vez, o que rolou foi um grande aproveitamento de tudo que eu achei dentro da geladeira. Segue a receita:



Ingredientes (para 2 batatas)

8 batatas médias
manteiga
sal 
pimenta
100 g de bacon picadinho
1 pires de brócolis cozido
1/3 xícara de muzzarela ralada
2 colheres de creme de leite
1 cebola pequena picada

Modo de fazer:

Cozinhe as batatas em água e sal por cerca de 4 minutos. Escorra e guarde na geladeira por 2 horas. Passado o tempo de descanso, descasque e passe no ralador grosso. Frite o bacon em fogo bem baixo, no seu próprio óleo. Drene o excesso. Doure a cebola com manteiga, acrescente o brócolis e o bacon. Cozinhe por 2 minutos. Fora do fogo acrescente metade do queijo, o creme  de leite, pimenta e sal a gosto. Reserve. Em uma frigideira anti-aderente (pequena), coloque manteiga e 1/4 das batatas raladas. Coloque uma pitada de sal e pimenta. Mexa suavemente, e quando começar a dourar, arrume as batatas no fundo, acrescente o recheio, muzzarela e mais batata para fazer a cobertura. Cubra com outra frigideira, e vire. Vá cozinhando até dourar a batata dos dois lados.



Agora o desejo de cozinhar a quatro mãos.

Eu acredito que nas cozinhas por aí há lugar para muito mais do que apenas degustadores. “Homens na cozinha” é mais do que bordão ou nome de comunidade do Orkut. É uma atitude (louvável). Claro que tem muito homem que cozinha muito melhor que a mulherada por aí, mas este texto é para aqueles que se limitam a lavar o alface.

Para que o ingresso ao desconhecido mundo das panelas acontecer, entendo que duas partes são importantes. Uma diz respeito à senhora da relação, e outra, do cozinheiro em questão.

Em relação à parte feminina do casal, doses de paciência e incentivo são importantes. A paciência é importante para dar liberdade ao rapaz, sem neuras de limpeza ou de ordem (quem disse que a criatividade gosta de organização?). O incentivo começa com o convite “Vamos?”. O cozinhar junto é sensual, inspirador e romântico (precisa dizer mais?).  Ah, sim, moçoilas, sem torcer o nariz para os resultados. Comer e elogiar muito (reforço positivo).

Em relação ao mestre-cuca principiante, a recomendação é: ouse! Claro que só a sua presença na cozinha já é uma honra, mas que tal tentar? Ir além do lavar alface e arrumar a mesa? Você pode explorar a internet e caçar uma receita, ou pedir ajuda para fazer seus primeiros pratos. Já que pensou que bacana poder preparar a refeição sozinho, e conduzir sua namorada-noiva-esposa vendada até a cozinha para provar dos sabores preparados por suas mãos? A cozinha pode ser uma parte bem interessante da casa. Novamente: ouse!

Transcrição de post antigos de "Cozinhando e Cantando"

Oi pessoas!

Hoje estou transcrevendo os post de receitas do meu blog antigo "Cozinhando e Cantando". Como falei aqui, a parte mais difícil de fazer um blog é escolher o nome, já que este traz consigo todo um reflexo dos objetivos e visão do blog (pelo menos é que se espera). 

Desde 2006 que eu não blogava, depois de alegrias e dissabores com meu bloguezinho rudimentar da época, aquele vinculado ao msn ainda (foi nesse blog que eu conheci a Cris, amigona de Sampa, história que eu ainda tenho que contar). Aí, vontade de escrever sempre vem, mas sempre surgiam outros interesses que tiravam minha atenção. Mas desde 2009 que essa idéia de voltar a ter um blog vinha coçando na palma das minha mãos. O que travava era o nome. Como chamar um blog? E falar de quê? Se fosse criar um para cada tema, Jesus...

Em novembro passado optei por criar um blog culinário, e o chamei de "Cozinhando e Cantando". O cantando da situação era relativo a poemas. Depois de postar algumas experiências, eu descubro um blog com o mesmo nome (mas com outro endereço), bem mais antigo que o meu. Nossa, falha de principiante. Não procurei no Google se existia algo com o mesmo nome. 

Eu já estava me sentindo um pouco limitada com o blog temático, porque eu não me sentia a vontade para falar sobre qualquer coisa lá. Ué, se era sobre culinária, não rimaria com política. No meio destes sentimentos, resolvi criar o queridinho "Um viva para a vida", este que você pisa neste instante, que pode falar sobre tudo, e deixei o outro de lado.

Bem, hoje resolvi desativar o "Cozinhando e Cantando", e vou transportar os post antigos para cá, para não perder as receitinhas. Vou transcrever abaixo a introdução que fiz lá, só para não deixar nada perdido no tempo.


domingo, 7 de novembro de 2010

Enfim, novamente blogando.

"Aqui estou, cantando."

Inicio com esse verso imortal de Cecília Meireles. Há muito desejo voltar a escrever um blog, coisa que não faço há mais de 4 anos, quando pisei nesta Bahia de Deus, e finquei o pé para crescer (e talvez dar frutos, quem sabe?) (por quanto tempo, não sei) (e mais um punhado de parênteses reflexivos). E a maior dificuldade, pasmem, leitores (ah, vocês hão de existir, não é mesmo?), é que sempre que surgia a inspiração, faltava o nome. E claro, sem nome e sem endereço, o blog não começa. Assim, o tempo passar, a escrita enferruja e o comodismo desarma. Hoje, cozinhando, a vontade de escrever foi crescendo, tomando corpo, e não é que surgiu um nome? Taí, "Cozinhando e Cantando", o nome se fez. E claro, até um blog tem sua historicidade, baseada é claro, na história de seu autor. Todo início é desejoso de apresentações, explicações e finalidades na mesa. Então, como fala na Bahia, 'bora lá.

Geraldo Vandré cantou "Pra não dizer que não falei de flores" em 1968, durante a ditadura militar, e a música virou um hino da resistência: "Caminhando e cantando e seguindo a canção (...)". Eu me inspiro muito neste verso, e o nome do blog vem daí. O cantando eu explico na voz de Cecília Meireles, a qual, na sua obra, se refere à sua poesia como sendo seu canto.

Resumindo, esse blog vai versar sobre culinária e poesia, é isso mesmo? É isso e não só isso. Aqui vai ser o meu mural de idéias, espaço para reflexão, crítica à sociedade, talvez. Vai servir para falar de sentimento, arte, cor, ciência, comida, bebida, viagem, poema, flor, peixe, amor, ou seja, todo meu cotidiano.

Seja bem-vindo, e sinta-se convidado a retornar aqui sempre. Um comentário seu será honra para mim. Na vida, até o silêncio nos grita seu significado, e isso eu também eu vou tentar aprender a escutar. Termino com o poema completo de Meireles.



Discurso - Cecília Meireles"E aqui estou, cantando.

Um poeta é sempre irmão do vento e da água:
deixa seu ritmo por onde passa.

Venho de longe e vou para longe:
mas procurei pelo chão os sinais do meu caminho
e não vi nada, porque as ervas cresceram e as serpentes
andaram.

Também procurei no céu a indicação de uma trajetória,
mas houve sempre muitas nuvens.
E suicidaram-se os operários de Babel.

Pois aqui estou, cantando.

Se eu nem sei onde estou,
como posso esperar que algum ouvido me escute?

Ah! Se eu nem sei quem sou,
como posso esperar que venha alguém gostar de mim?"

sábado, 26 de março de 2011

Lenços Nívea para remover maquiagem

Não que eu seja a mais preguiçosa das criaturas, mas quando chega o final do dia, aquela exaustão tremenda, eu mal aguento escovar os dentes, quanto mais ficar retirando maquiagem. Sim, me crucifiquem as certinhas e disciplinas, mas já dormi muito de maquiagem (e acordei um panda no dia seguinte).

Mas, eu também quero ser uma pessoa melhor. Tenho estudado há algum tempo sobre organização, participado de grupos de discussão na net e implementado algumas idéias na minha vida. E aí que entra a questão maquiagem.

Já me convenceram que as mocinhas devem andar bem cuidadinhas e arrumadinhas. A verdade é que eu já me cuidei bem mais do que hoje em dia, talvez porque eu trabalhava bonitinha, sentada na minha mesa, com ar condicionado, andando de carro para todos os lados. Atualmente, é inviável usar um salto e ainda encarar um busão lotado e uma caminhada (curta, ok) em estrada de chão poeirenta e/ou eslameada. De toda a sorte, tenho me esforçado para desenvolver o lado mocinha, e então tenho voltado a usar maquiagem.

Assim, depois de usar filtro solar eu passo uma massinha corrida básica. Mas ao final do dia, era um saco, molha algodão no removedor, depois lava o rostinho, depois ainda complementa com um cotonete, porque o rímel nunca sai direito. Foi aí que eu resolvi experimentar algo mais prático e rápido. Acertei com os lencinhos da Nívea.

Eles já vem umedecidos com uma solução removedora, que retira até rímel a prova d'água. E são lenços mesmo, parecem um paninho, grossinho, que não rasga ou esfacela. Depois de passar o lencinho, dá para lavar o rosto só com água que não fica oleoso, ao contrário desses removedores de maquiagem bifásicos, que deixam a pele coberta de vaselina.

Comprei o azul, mas também existe o rosa, para peles secas e sensíveis. Usei, gostei e recomendo.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Cama king size - Você quer?

Antes de escolher uma cama king size, vale a pena refletir:


  • É você quem lava as roupas de cama? Ou pelo menos, você precisa tirar da máquina e estender os lençóis? Sabe quanto pesa um lençol king size molhado? 
  • Falando em limpeza, seu varal é grande?
  • Você passa seus lençóis a ferro? Então, você tem uma grande tábua de passar?
  • Gosta de dobrar lençóis com elástico? Que tal dobrar um cujo tamanho ultrapassa a sua envergadura*?
  • Você sabe que um jogo de lenços king size custa em torno de 3 vezes o preço de um jogo de lençóis tamanho casal?

Percebe-se que minha empregada viajou?

*Envergadura: distância entre a ponta dos dedos de uma pessoa com os braços abertos horizontalmente.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

E quem mói no asp'ro, fantaseia ou não fantaseia?

Título alternativo: Escrevendo pequenos textos para desenferrujar os dedos


Já voltei das férias de janeiro, e o tempo corre a toda velocidade para mais uns diazinhos que eu reservei para viajar com o marido, que só tem férias agora em fevereiro. Gente, resumindo: tenho mais quatro dias úteis, contado de amanhã até sexta, para colocar minha vida em dia. Sábado e domingo vou estar trabalhando, na segunda pretendo viajar pela manhã. No dia 12 tem aula (e prova) da especialização em Gestão em Saúde, que eu faço pela UNEB. Dia 14 reiniciam as aulas do doutorado em Saúde Pública (OMG). Capítulo de livro para entregar. Curso à distância do COFEN para terminar. Casa para arrumar. Atividades no trabalho para entregar. Tem que providenciar uma babá para Lisbela (gatinha da mamãe), senão ela terá que ir para o hotelzinho de animais e ficar 14 dias na jaulinha. Tem barriguinha escapando do biquíni. Tem pilates. Tem massagem.  Nossa, dá um nervoso...

É, parece que 2011 vai ser um ano punk. E, em meio a isso tudo, ainda se consegue viver? Claro!

Eu acho que quem mói no asp'ro fantaseia sim. Sim, senhor Guimarães Rosa, estou moendo bem no áspero. A cada dia com mais tarefas no cotidiano, parece que até caçando coisas novas para fazer (vide esse blog), eu não desisto. Ainda tenho tempo para ser feliz, para ser romântica (sim, amor?), para brincar de esconder e de pega-pega com a Lili. Soooooooonho, mas como sonho! Sou feliz, me divirto, às vezes chuto o balde, sinto culpa também, e assim a gente vivendo.

"Vivi puxando o difícil do difícel, peixe vivo no moquém: quem mói no asp'ro não fantasêia". Grande Sertão Veredas, Guimarães Rosa.

PS.: Esse post vai em homenagem a @mahmind, que também acha que seu 2011 vai ser punk. Oi Mari, vivo lendo seu blog, e acho que nós vamos sobreviver!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Um viva para a vida!

Enfim, 2011 chegou. Com ele, a realização de antigos planejamentos, como voltar a escrever. Atrelado ao novo ano vem também desafios, surpresas, muito trabalho, mas também muita felicidade. Eu precisava de um espaço assim, para tratar destas coisas cotidianas, que encantam, que cativam, que matam de raiva, que dão preguiça... Difícil foi achar um nome que coubesse num cadernão destes. O insight veio durante a degustação de um belo prato de massa: Um viva para a vida, com todo seu sal, açúcar e pimenta cotidiana!